quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

e o meu «ajustamento salarial» será para quando?



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Para colocar a taxa de desemprego e o endividamento externo a um nível mais sustentável, os salários médios em Portugal ainda deveriam registar uma descida adicional próxima de 5%, defende a Comissão Europeia, no relatório da décima avaliação ao programa português.

[a CE] calcula que «para atingir um patamar alternativo de redução do endividamento a metade até 2023, os salários ainda estão entre 2% e 5% sobreavaliados», consoante o crescimento do PIB nominal que é considerado . Nestas contas, a Comissão assume que a Produtividade – outro factor que pode influenciar o saldo com o exterior - cresce de acordo com as previsões actuais.

A lógica seguida nestes cálculos é a de que uma redução do nível salarial de uma economia acaba por gerar um aumento da competitividade das suas empresas face ao exterior, resultando numa melhoria do saldo comercial, com mais exportações e menos importações.
Para além do desequilíbrio externo, a Comissão Europeia diz também que «Portugal precisa de garantir uma moderação salarial suficiente para absorver o desemprego». Neste caso, o que é feito no relatório é estimar o impacto que o nível salarial tem na procura de emprego por parte das empresas.

A conclusão a que Bruxelas chega é que «uma redução de um ponto percentual na taxa de desemprego requere uma redução dos salários reais de cerca de 2,4%». Como o objectivo, neste caso, é colocar a taxa de desemprego ao nível da taxa de desemprego estrutural, a redução salarial pedida é de cerca de 5%.

O Governo português tem insistido que o ajustamento salarial já foi feito.
Mas a moderação salarial é para manter. O salário mínimo deverá continuar congelado nos 485 euros e mantêm-se as restrições à extensão dos efeitos dos contratos colectivos (nomeadamente dos aumentos salariais) às empresas não filiadas nas associações que os assinaram.

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seguem-se três gráficos que o "deputado da nação" considera bastante elucidativos sobre a (des)proporcionalidade da «sustentabilidade» dos salários mínimos a nível mundial, e que colidem com as teorizações da Comissão Europeia e da "troiKa que os pariu:



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"disse!"


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