quinta-feira, 19 de junho de 2014

de uma (hipotética) correlação...



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O Ministério Público [MP] está a acompanhar o buraco das contas do Banco Espírito Santo Angola [BESA] de 5,7 mil milhões de dólares (4,2 mil milhões de euros), a título de crédito concedido pelo banco de direito angolano detido maioritariamente pelo BES, sem que se conheçam os beneficiários económicos e os fins para que foi utilizado o dinheiro. 

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Face às potenciais perdas de não recuperação destes empréstimos do BESA, o Estado angolano concedeu, no final de 2013, uma garantia de até 5,7 mil milhões de dólares (cerca de 4,2 mil milhões de euros) por um prazo de 18 meses. Objectivo: evitar riscos sistémicos nos sectores financeiros de Portugal e Angola - uma situação acompanhada pelos reguladores dos dois países. 

Na sua edição de 07 de Junho de 2014, o semanário "Expresso" afirma que BESA desconhece os beneficiários de 80% da carteira de crédito e que ex-CEO, Álvaro Sobrinho, que saiu do banco no final de 2012, foi incapaz de esclarecer a quem foram emprestados aqueles 5,7 mil milhões de dólares, alegando que sempre prestou informação detalhada ao BES, nomeadamente sobre os grandes riscos, bem como ao BNA, e que os auditores da KPMG «nunca colocaram questões ou reservas relevantes» à apresentação das contas.

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fonte: económico 
data: 19 de Junho de 2014 
observação: os negritos, os itálicos, os sublinhados e os destaques são da minha responsabilidade


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O especialista em direito do trabalho, Prof. Jorge Leite, considera que as últimas alterações ao Código do Trabalho, propostas pelo actual Governo, não respeitam o princípio da Constituição da República, que consagra a contratação colectiva como um direito fundamental dos trabalhadores. 

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«As alterações propostas à legislação laboral vão acentuar ainda mais os desequilíbrios já existentes e acentuados nos últimos anos», afirmou, lembrando que as alterações às leis do trabalho, nos últimos anos, foram feitas sempre com o argumento de pretender estimular a contratação colectiva. «Mas o resultado foi sempre o inverso»

O especialista considerou que os números relativos à contratação colectiva são elucidativos, nomeadamente tendo em conta as revisões do Código do Trabalho de 2009 e de 2012: em 2009 foram publicados 250 instrumentos de regulação colectiva de trabalho, que baixaram para 234 no ano seguinte, para 184 no ano de 2011 e para 93 em 2012.

«Estes números demonstram inequivocamente que as alterações legislativas tiveram o efeito contrário ao invocado e que estão a ter um efeito perverso de empobrecimento dos trabalhadores muito grande», concluiu Jorge Leite.

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fonte: jornal de notícias 
data: 19 de Junho de 2014 
observação: os negritos, os itálicos, os sublinhados e os destaques são da minha responsabilidade


o "deputado da nação" prevê um novo BPN, desta feita com o banco da família Espírito Santo, e tendo em linha de conta que as últimas notícias não indiciam nada de bom acerca dos "investimentos" realizados, que não só em Angola e com Álvaro Sobrinho no centro do "furacão" que se elucida:


(clicar na imagem para ampliar)



"deputado da nação", que conhece todas as dívidas de e para terceiros que possui, "estranha" como se pode alegar desconhecimento nos destinatários de empréstimos no valor de 5,7 mil milhões de dólares - apesar de quem avente que «a origem do buraco foram os empréstimos generosamente distribuídos por Álvaro Sobrinho a conhecidas figuras do regime angolano, incluindo vários membros do 'bureau' Político do MPLA».

"deputado da nação" correlaciona a notícia do "mistério de Angola" com a das opiniões do Prof. Jorge Leite, bem como com a notícia do trabalho de investigação do CES, pois que, não sendo vidente, também antecipa que a factura pelos "esquecimentos" do sr. Álvaro será paga pelos mesmos de sempre...


"disse!"



quarta-feira, 18 de junho de 2014

desses brutos lucros nacionais...



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O exemplo escolhido é o de um trabalhador que recebe mensalmente o salário médio praticado em Portugal: 962,4€. Ao fim de um ano, esse trabalhador terá perdido entre 351,4€ e 466€, com as alterações feitas, em 2012, às regras de retribuição pelo salário complementar, pela mudança nas condições da isenção de horário, pelo fim de quatro feriados e pela diminuição de três dias de férias. E isto sem contar com os cortes salariais e com o aumento dos impostos, que vigoram desde a chegada da 'troika'...

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Este relatório do CES [Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra] estima que, com as alterações ao Código do Trabalho, a «efectiva transferência de rendimento, em favor das empresas» terá alcançado o valor de 2,3 mil milhões de euros anuais, graças ao aumento da contribuição paga pelos trabalhadores. 

«Os ganhos das empresas reflectem-se, de modo evidente, na redução das remunerações, dos seus encargos sociais, bem como no aumento do número de dias de produção sem encargos adicionais», continua o CES. Isso liberta, segundo as contas dos autores, uma verba anual, «calculada por defeito, no excedente bruto de exploração», entre os 1,5 e os 2,2 mil milhões de euros.

Para os trabalhadores, essas alterações às leis laborais tiveram um efeito contrário: perdas de rendimentos que oscilam, conforme os casos (o número de horas de trabalho suplementar e o número de feriados que passaram a trabalhar) entre 190,2 e 724,9 M€, por ano. 
Isso representa, para os autores do relatório do CES«uma apropriação gratuita de tempo de lazer dos trabalhadores, transformando-o em tempo de produção e, no caso do trabalho em feriados, na imposição mesmo de trabalho não remunerado».

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