terça-feira, 25 de março de 2014

das (in)justiças da nossa terrinha...


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Lamentavelmente entra pelos olhos dentro que não é isso que está a acontecer. A Justiça falha e muito. O padeiro que roubou 70 cêntimos ao patrão é condenado a uma multa de 315 euros - e se não a pagar vai para a cadeia, onde pode, a título de boas-vindas, ser violado durante três dias consecutivos, como aconteceu ao contabilista na prisão da Carregueira. O banqueiro que foi multado em um milhão de euros - por falsificar contas, divulgar informação errada, manipular o mercado bolsista e entregar dados falsos ao regulador - não tem que pagar um cêntimo sequer e continua a levar "a vida airada" de milionário na sua maravilhosa quinta em Sintra.

A Justiça falha, e muito. Não sei se por corrupção, se por incompetência, se por maldade. Sei é que falha. E sei que não gosto nada de viver num País em que nós, cidadãos comuns, quando comparecemos perante ela, estamos expostos a dois vereditos - condenados ou absolvidos -, enquanto os poderosos beneficiam de uma terceira via: a prescrição - uma imoralidade que lembra a carta "Saia da Prisão", do "Monopólio", que guardávamos para usar quanto caíssemos nessa casa.

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autor: Jorge Fiel
fonte: jn.pt



o "deputado da nação" subscreve esta visão. na íntegra.



dos novos pobres...


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Cavaco imagina o Portugal de 2035, um país em que a dívida, em grande medida, já foi paga, e desceu para um valor próximo dos 60% do PIB. Para que isso aconteça, há que seguir a estratégia que, nos últimos anos, fez com que a dívida subisse de 90% para 120% do PIB. De acordo com as contas do Presidente, Portugal precisará de crescer 3% ao ano durante 20 anos seguidos para atingir este objectivo. No entanto, segundo pessoas que foram consultar dados, nos últimos 40 anos Portugal não conseguiu crescer 3% uma única vez. 

Tenho de ir reler o prefácio, porque não dei pela parte em que seres de outros planetas visitam o nosso país e o colocam no caminho do crescimento económico inédito, partindo dos escombros deixados por uma das maiores crises de sempre. É capaz de estar nas entrelinhas e eu, que sou um leitor pouco sofisticado, não percebi.

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autor: Ricardo Araújo Pereira
fonte: visão.pt


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É sabido que ainda precisamos de fazer descer o nosso défice público em 2015, nos termos que ficaram acordados com os nossos credores internacionais, para 2,5% do PIB. Não sabemos ainda com rigor, em termos de valor absoluto, o que é que isso vai significar. Mas haveremos de saber, dentro de algum tempo... Durante o mês de Abril terá de ficar clarificado... 
Será um "mix" entre medidas do lado da despesa e medidas do lado da receita, numa combinação que seja o melhor possível para reduzir o défice para 2,5% em 2015... 
Agenda escondida é que não há. Não há nada escondido! Não pode haver nada mais público do que isto!

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autor: Primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho
fonte: público.pt


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[A presidente do Conselho de Finanças Públicas, Teodora Cardoso, deixou aos deputados do PSD uma nova forma de cobrar impostos no pós-troika: taxar os levantamentos que são feitos nas contas bancárias onde são depositados os salários e as pensões.]

Em vez de um imposto que desincentiva o rendimento, este incentiva a poupança. 


[Teodora Cardoso deixou ainda um alerta sobre o nível salarial.] 

Os salários não vão nunca subir muito. Portugal vai competir com países com salários baixos.

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autor: Presidente do Conselho de Finanças Públicas, Teodora Cardoso
fonte: público.pt


o "deputado da nação" considera que existe uma correlação entre o pertinente escrito de Ricardo Araújo Pereira e as (patéticas) afirmações dos dois altos responsáveis políticos que se lhe seguiram.
só ainda não descobriu qual foi.


"disse!"


quarta-feira, 12 de março de 2014

luxos...



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mais do que manifestos (válidos, é certo, mas que a UE diligentemente já se prontificou a rejeitar) o que o "deputado da nação" gostaria de sentir na sua depauperada carteira era a «reestruturação» das seguintes afirmações:

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Não podemos repor automaticamente os rendimentos salariais que as pessoas auferiam no início da crise. A única estratégia possível será indexar a reposição de salários e de pensões à retoma e ao desempenho económico.

É verdade que as medidas desenhadas pelo Governo, de cortes nas pensões e salários, foram apresentadas como transitórias, mas continuam a sê-lo. "Transitório" não é o que dura só um ano, mas o que é necessário enquanto a disciplina financeira o justificar.

Estou convicto de que os portugueses estão dispostos a este tipo de sacrifícios desde que sejam condição para um futuro melhor.

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sr. Primeiro, com toda a propriedade que me assiste peço-lhe:
emigre! acate o que os seus pares, neste (des)governo, incentivam os nossos jovens a fazer! e, se não for pedir muito, vá pela beirinha da estrada e pela sombrinha, pelas razões que se sabe...



"disse!"